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A Ópera Cordelista LUA ALEGRIA tem roteiro dramatúrgico baseado no livro-cordel LUIZ LUA ALEGRIA, de Paulo Matricó, lançado em 2012 por ocasião do centenário de nascimento do rei do baião e conta, de forma poética e dramática, a trajetória de vida de Luiz Gonzaga e sua saga do Sertão nordestino até a conquista do Sudeste brasileiro.

 

Um drama que se funde à história de milhares de nordestinos nos grandes centros urbanos e agrega o rico conflito entre a tradição e contemporaneidade artística. 

 

Narrada ineditamente na linguagem do cordel, o espetáculo une dramaturgia, canto e música, sob o fio condutor de trilha musical pesquisada e produzida sob a influência da tradição popular de Pernambuco, com perspectiva cênica no formato de cortejo lítero-musical e recursos de Teatro de sombra.

 

A linguagem de cordel tem no espetáculo uma função narrativa, dramática, musical, sendo pontuada por referências às músicas nascidas da tradição e recriadas por Gonzaga e seus parceiros.

divulgação / internet
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Em Lua Alegria o narrador é um cantador que, em fade in e fade out, surge e desaparece no palco como personagem que conduz a narrativa, os personagens e a Orquestra de Câmara, esta que tem a função de “coro grego”, através de comentários sonoros e vocais, sendo composta por 16 músicos. A Sanfona, como fio condutor da obra, vai restaurar as sonoridades clássica, barroca, sefardita, magrebina, árabe, ameríndia e africana, como elementos originadores da musicalidade nordestina e da própria música de Luiz Gonzaga, profundamente ancorada nessas tradições, ao mesmo tempo regionais e universais.

divulgação / internet
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O espetáculo usa recursos das narrativas populares para assim apresentar o ritual de vida e trajetória artística, mágica e real, do Rei do Baião. O roteiro dramático e a trilha musical são baseados na tradição popular regional de cegos cantadores, violeiros-improvisadores, bandas de folguedos, aboiadores, rodas de coco, fermentados em laboratório criativo, revelando novos elementos à ópera tradicional.

A narrativa cantada também é acompanhada por múltiplos instrumentos: Cordas e sopros, sanfona e percussões (com triângulo e zabumba). Durante a narração são cantados e recitados trechos do livro-cordel em diversas modalidades e gêneros poéticos e ritmos sertanejos: toada, xote, xaxado, maracatu e baião.

Lua Alegria conta e canta Gonzaga com músicos, atores e dançarinos, numa proposta de encenação autenticamente regional, retomando a tradição narrativa dos cantadores de histórias de cordel. Com modo narrativo lírico, a composição dramática combina as artes de canto coral, solo, recitativo e balé em espetáculo encenado numa formulação que une o dramma per música (drama musical) e a favola in musica (fábula musical), ambos diálogos falados ou declamados, acompanhados pela orquestra, no desafio encantador de compor (com elementos que surgiram no século XVI) uma ópera nordestina.

 

Um espetáculo para lembrar, divertir e emocionar.

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