O Espetáculo Lua Alegria
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Em Lua Alegria o narrador é um cantador que, em fade in e fade out, surge e desaparece no palco como personagem que conduz a narrativa, os personagens e a Orquestra de Câmara, esta que tem a função de “coro grego”, através de comentários sonoros e vocais, sendo composta por 16 músicos. A Sanfona, como fio condutor da obra, vai restaurar as sonoridades clássica, barroca, sefardita, magrebina, árabe, ameríndia e africana, como elementos originadores da musicalidade nordestina e da própria música de Luiz Gonzaga, profundamente ancorada nessas tradições, ao mesmo tempo regionais e universais.
O espetáculo usa recursos das narrativas populares para assim apresentar o ritual de vida e trajetória artística, mágica e real, do Rei do Baião. O roteiro dramático e a trilha musical são baseados na tradição popular regional de cegos cantadores, violeiros-improvisadores, bandas de folguedos, aboiadores, rodas de coco, fermentados em laboratório criativo, revelando novos elementos à ópera tradicional. A narrativa cantada também é acompanhada por múltiplos instrumentos: Cordas e sopros, sanfona e percussões (com triângulo e zabumba). Durante a narração são cantados e recitados trechos do livro-cordel em diversas modalidades e gêneros poéticos e ritmos sertanejos: toada, xote, xaxado, maracatu e baião.